QUANDO A LOTTI PARECE UM LOTUS (ELAN)

A primeira-secretária do MPLA na província do Huambo e correspondente governadora, Lotti Nolika, exortou os militantes do partido a estarem mais comprometidos com o combate à corrupção, excesso de burocracia e do espírito de deixa andar. Esqueceu-se de dizer que, se quiserem fazer o que ela recomenda, terão de mudar de partido…

A Lotti Nolika, a mais exímia perita do MPLA em descalçar-se sempre que tem de contar acima de 10, que falava no acto de divulgação da Agenda Política do MPLA para o presente ano, lembrou que o combate à corrupção deve ser encarado como um compromisso comum, por ser um mal que “prejudica a vida do presente e do futuro”. Os angolanos ficaram esclarecidos. Esperavam ouvir alguma coisa sobre o que prejudica a sua vida e não, como aconteceu, sobre algo que prejudica quem eles não conhecem – o presente e o futuro.

Por esta razão, disse que a Agenda Política, com foco no combate à corrupção e promoção de desenvolvimento sustentável, deve servir de bússola orientadora da acção do partido em todos os níveis.

Lotti Nolika reiterou – fazendo uma vénia e, quiçá, até murmurando “pai nosso e espírito santo” – a orientação do querido líder do MPLA, general João Lourenço, para uma maior atenção à organização interna do partido a todos os níveis, sobretudo, a ligação do com a sociedade, buscando consensos e agregação de interesse com aqueles que não são militantes da seita.

A (des)governadora do Huambo apelou também aos militantes para trabalharem no asseguramento das condições para que as organizações do partido (OMA, JMPLA, ERCA, Tribunais, Polícia, Juízes etc.) assumam um protagonismo, cada vez maior, na sociedade, conferindo-lhes novos métodos de actuação.

Lotti Nolika recomendou aos militantes no sentido de promoverem acções de apoio intensivo ao Executivo na concretização da implementação do Programa de Governação 2022/2027, bem como na promoção da participação activa dos cidadãos na vida pública, através de círculos de diálogo e debates onde possam, para além de aplaudir os escolhidos do deus do MPLA (João Lourenço), estar sempre… calados.

A Agenda Política do MPLA para este ano, comporta 11 eixos, entre os quais, o fortalecimento das estruturas do partido, aprofundamento (como é que pode aprofundar o que não existe?) da democracia interna e das organizações sociais, promoção da formação e avaliação permanente dos dirigentes, aceleração do sector produtivo e garantia da segurança alimentar e nutricional das famílias.

Lotti Nolika é, reconheça-se, um excelente exemplo de um quadro formado e formatado pelo MPLA. Nasceu no Huambo em 1960, tem uma Licenciatura em Ciências de Educação, opção Linguística Inglesa pelo Instituto Superior de Ciências de Educação (ISCED), no Huambo.

Mas o seu nível intelectual vai mais, muito mais, longe. Tem o Curso sobre Administração Local pelo Instituto de Formação da Administração Local (IFAL), em Luanda; o Curso sobre liderança feminina pela Câmara de Lisboa, Portugal; o Curso de Superação Política ministrado por uma das mais reputadas “instituições” do mundo, o Governo da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).

D ponto de vista político, foi Vice-Governadora Provincial do Huambo (2009/2012) e é – a partir de 2022 – a “rainha do pedaço”. Antes foi Administradora Municipal da Caála; Administradora Municipal do Ucuma; Consultora do ministro da Administração do Território; Directora Provincial (Huambo) da Família e Promoção da Mulher; Deputada à Assembleia Popular Provincial do Huambo; Chefe de Departamento na Fábrica Massa Duquesa, Huambo e Membro do Conselho da República.

Nota: O Lotus Elan foi, antes do MPLA comprar Angola, vedeta automóvel nas Seis horas Internacionais de Nova Lisboa (Huambo).

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